Não muito diferente da ocasião que vivemos, o nascimento do cristianismo foi marcado pela propagação de várias idéias estranhas à essência do Evangelho. Durante o período dos apóstolos, foram espalhados ensinos contrários à mensagem genuína de nossa fé que contaminavam a pureza da Igreja. E foi nesse contexto que muitas das epístolas do Novo Testamento foram escritas, reafirmando a genuína mensagem do Evangelho. O conjunto de idéias mais comum dessa época foi o que daria origem no segundo século ao Gnosticismo. Essas idéias do pré-Gnosticismo se manifestavam em dois extremos: rigor ascético ou libertinagem ética. Na prática, o primeiro é traduzido em uma série de regras de conduta que prometiam “santidade”, era o pessoal do “não pode”. O segundo era justamente o contrário, era o pessoal do “liberô geral”. Ambos os casos eram resultados de uma idéia bem equivocada do Evangelho, misturando idéias humanas à mensagem divina.
Ao que tudo indica, a igreja de Colossos foi afetada justamente pela corrente de idéias pré-Gnósticas que enfatizavam o rigor ascético; regras para isso, regras para aquilo, etc. Paulo exorta claramente, “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.” (Colossenses 2.8)
Não muitos versículos depois, veja o que o texto bíblico fala sobre regras que procuram tomar o lugar de Cristo no Evangelho: “20. Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda pertencessem a ele, se submetem a regras: 21. “Não manuseie!” “Não prove!” “Não toque!”? 22. Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos. 23. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.” (Colossenses 2.20-23)
Ainda hoje, é comum a criação de regras para fundamentar a santidade e a posição de alguém diante de Deus. São regras que não estão baseadas na pessoa de Cristo, mas em preferências ditas doutrinárias ou comportamentais. São “cristãos” que professam seus credos pessoais e não a Supremacia de Cristo. São pessoas associadas ao cristianismo que viram guardiões da própria moral. Não entendem como a Supremacia de Cristo produz devoção ao Salvador e não o zelo por regras pessoais (e não bíblicas). Enfim, aqueles que exibem cara de quem chupou limão sem açúcar precisam entender que ressuscitamos em Cristo. Agora, procuramos “...as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus.” Portanto, “2. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.” (Colossenses 3.1, 2)
Bom, diante da Supremacia de Cristo sobre nossas regras pessoais de espiritualidade, temos que nos guardar de alguns extremos. Talvez você esteja pensando que finalmente achou a base bíblica para fazer o que quiser e nenhum cara de limão vai te impedir. Cuidado! Estamos falando que a Supremacia de Cristo (veja Colossenses 1.15-20) anula nossas regras como base de santidade. Não estamos falando que não existem mandamentos do Supremo Cristo que impactam nossa forma de viver! E amanhã, iremos ver como o apóstolo Pedro responde ao pessoal do “liberô geral”.
Pense nisso. A simplicidade da nossa fé no Supremo Cristo muda a base de nossa santidade. Não é o que você deixa de fazer que o torna mais santo...
“A nível de”
Mt bom Sacha.
ResponderExcluirAcredito que o povo precisa ouvir mais sobre a supremacia de Cristo, isso é pouco dito e menos ainda vivido.
Vamos caminhando, disseminando o verdadeiro evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.
Abraço
Sim...nos é difícil entender a supremacia de CRISTO, visto que a nossa eterna luta é contra nossa vontade e nossos desejos...
ResponderExcluirObrigada por nos ensinar mais um pouco.
"DEUS querido...ajuda-nos ó PAI bondoso , sermos humildes,simples e a querermos seguir apenas as suas palavras e ensinamentos."Por nosso amado JESUS eu lhe suplico PAI!
Amém
Sacha,
ResponderExcluirParabéns por seu blog, resultado não só de uma mente que pensa, mas de um coração que conhece e obedece.
Deus te abençoe!
Gostaria de propor ao irmão uma saudável troca de links, para divulgação mútua de nossos blogs!
Um abraço,
Maya