Jesus foi colocado numa manjedoura porque não havia lugar para Ele. Isso mostra o apreço que o mundo tem por Cristo. Não havia reconhecimento algum por Sua maravilhosa condescendência. Jesus não era bem-vindo ou querido, e ainda é assim. Não há lugar para Cristo nas escolas, sociedade, no mundo dos negócios, entre os amantes do prazer, na política, nos jornais e até mesmo em muitas igrejas. A história apenas se repete. Tudo o que o mundo deu para o Salvador foi uma manjedoura, uma cruz para onde morrer e um túmulo emprestado para receber Seu corpo assassinado.
Ele foi colocado numa manjedoura para demonstrar a extensão de Sua pobreza. “Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.” (2 Coríntios 8.9). Quão “pobre” Ele se tornou foi manifesto logo no começo. Aquele que posteriormente não tinha nem onde colocar Sua cabeça, que teve que pedir por uma moeda para responder Seus críticos com relação ao pagamento de impostos, que teve que usar a casa de um outro homem quando instituiu a Ceia foi, logo de início, um Estranho sem casa aqui. E a “manjedoura” foi a primeira evidência.
Ele foi colocado numa manjedoura para demonstrar Seu desprezo pelas riquezas do mundo e toda sua pompa. Nós poderíamos pensar que seria mais apropriado para Cristo nascer num palácio e ser colocado num berço de ouro e repleto de caros tecidos. Mas como Ele mesmo nos lembra no Evangelho, “Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus’” (Lucas 16.15). E que exemplo dessa verdade foi dado quando o bebê Salvador foi colocado, não num berço de ouro, mas numa humilde manjedoura.
Ele foi colocado numa manjedoura para marcar Sua identificação com a miséria e sofrimento humanos. O que nasceu era o “Filho do Homem”. Ele deixou a glória dos Céus e desceu para nosso nível. Aqui, nós O vemos no nível mais baixo da condição humana. Assim, o Homem Sofredor identificou-Se com o sofrimento Humano.
Tradução do texto adaptado de “Why Four Gospels? 3. The Gospel of Luke” de A.W. Pink.
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