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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mas como que eu apago o fogo?

[série baseada em Provérbios 1-9]

Dentro do estudo de Provérbios 5.1-14, as palavras de sabedoria nos exortou contra as palavras enganosas do pecado sexual e de suas conseqüências. Nesse trecho, somos alertados contra o “fogo” do pecado, especialmente contra o pecado de natureza sexual. Mas, o que fazemos com esse fogo? O que a Palavra de Deus diz sobre o fogo do(a) jovem solteiro(a)? Será que esse desejo é neutro? Ou ainda, será que o desejo sexual do(a) solteiro(a) é uma maldição? Talvez seu coração esteja gritando... “Ah... mas como eu apago o fogo?” Bom, vamos continuar estudando Provérbios. Espero que você encontre algumas respostas para essas perguntas. Seja você solteiro ou casado, a Palavra de Deus tem muita esperança para apagar o fogo do desejo sexual fora do contexto do casamento, parte dessa esperança encontramos no livro de Provérbios.

“v. 15 Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço.” [Que história é essa de água? Cisterna? Poço? Bom, Salomão não está falando em tomar uma ducha fria para apagar o fogo do pecado. O próprio contexto irá indicar que as águas da cisterna e do seu próprio poço fazem referência à mulher – ou cônjuge. Ao invés de buscar satisfação sexual fora do casamento, a Palavra de Deus incentiva o sexo dentro do contexto do casamento. Se você é casado(a), a Bíblia é clara que você deve buscar a satisfação sexual dentro do casamento. Agora, note bem, o cônjuge é uma fonte de prazer, não para ser usado como objeto de prazer. Existe uma diferença brutal entre os dois. A sabedoria nos chama a buscar maneiras de manter a cisterna e o poço puros. Aqueles que constroem casamentos sólidos também estão se prevenindo contra as tentações sexuais. Provérbios 5.15 aponta que a fonte de real prazer está na privacidade do casamento, e não na praça pública da mulher adúltera. Se você ainda tem dúvidas, leia Cantares de Salomão.]

“v. 16 Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os teus ribeiros pelas praças? v. 17 Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos.” [O versículo 16 introduz duas novas metáforas, “fontes” e “ribeiros”. Provavelmente, elas fazem referência ao próprio desejo sexual. Então, “Por que você vai deixar que seu desejo seja exercido fora do casamento?” A resposta é dada no versículo 17, “que seu desejo sexual seja apenas para seu cônjuge, nunca para estranhos.” Se você é casado(a), o seu desejo sexual é para a sua esposa (o seu marido). Se você é solteiro(a), seu desejo é para sua futura esposa (seu futuro marido). Não derrame a pureza de seu desejo em praça pública. A satisfação do desejo não é sua, mas pertence ao seu cônjuge. Por incrível que pareça, esses não são conceitos estranhos ao livro de Provérbios, confira Provérbios 2.16-19; 6.24-35; 7.5-27; 9.13-18; 22.14; 23.26-28; 27.13; 30.18-20 e 31.2-3. São passagens que exortam sobre a imoralidade sexual, ou que trazem instruções com relação às conseqüências do pecado sexual, ou ainda que incentivam a atitude correta sobre o sexo. E ainda, o Novo Testamento também apresenta conceitos bem semelhantes sobre o lugar do sexo dentro do matrimônio: 1 Coríntios 7.3-5; 1 Tessalonicenses 4.3-8; e Hebreus 13.4.]

“v. 18 Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. v. 19 Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela.” [Bendita seja a sua fonte! Em português claro, “show de bola”! O desejo sexual é uma bênção quando canalizado no tempo e contexto corretos. Infelizmente, pouca gente pensa dessa forma. Até o momento do casamento, o desejo sexual é visto como o grande vilão da pureza individual e da igreja. Depois do casamento, o desejo sexual é visto como tabu ou mito. Dizem que existe, mas ninguém fala a respeito. O resultado é que a filosofia do mundo acaba educando a igreja com relação a um assunto tão importante. Não precisa ser assim e não deve ser assim. Deixa eu dar um exemplo que pode nos ajudar a pensar sobre o desejo sexual de uma maneira diferente. Pense no seu apetite por comida... e na habilidade de sentir o gosto dos diversos alimentos. Hmmm... picanha, pizza, lasanha... e ______________ (você escolhe o que te dá água na boca). E você lembra da última vez que pegou uma gripe tão forte que não sentia o gosto dos alimentos? Tudo tinha gosto de nada e a únida diferença entre os alimentos era a consistência. Horrível! Bom, é no momento da gripe que entendemos a bênção do paladar. Ele estimula algo que é vital para nós: a alimentação. Na Sua infinita graça e sabedoria, Deus transformou algo vital em algo que nos dá prazer também. Porém, o pecado deturpa tudo isso. A gula é uma das conseqüências da deturpação do paladar, onde o único propósito da comida é o prazer desenfreado. Mais... mais... mais... não há limite. Bom, o desejo sexual é mais uma bênção divina que pode ser deturpada assim como o paladar. Ao invés de espelhar mais um aspecto da criatividade divina, de despertar o desejo pelo relacionamento puro com o sexo oposto, de servir ao cônjuge, de temperar com prazer o relacionamento matrimonial, etc... o desejo sexual é deturpado pelo pecado para ser uma busca egoísta pelo prazer que não enxerga o sexo oposto como imagem de Deus, mas apenas como um objeto para satisfação dita “hormonal”. Triste.]

Portanto, se você é casado(a), o sexo é parte de uma dinâmica criada por Deus que deve ser exercido dentro do casamento. Se você é solteiro(a), agradeça a Deus pelo desejo que Ele colocou no seu coração, ele não é uma maldição. Obviamente, o desejo sexual não pode ser exercido de forma pura quando você é solteiro(a). Porém, fogo se combate com fogo. Somos constantemente exortados na Palavra de Deus a cultivar um “fogo” por Cristo. Eu nunca ouvi que alguém que estava pegando fogo em amor a Deus tenha caído em pecado sexual. Portanto, tome cuidado com o fogo do desejo sexual, não coloque lenha nessa fogueira. Por outro lado, incendeie sua chama por Cristo! Nossa real satisfação está nEle. Não acredite na mentira que o sexo irá apagar um fogo que nunca foi satisfeito em Cristo! Pense nisso... Salmo 63 nos ensina que nossa alma é saciada em Deus. Não no sexo. Espero que esses conceitos comecem a criar em você um desejo mais ardente pelo Criador de todas as coisas e ajude-o(a) a parar de enxergar que o desejo sexual é uma explosão hormonal que precisa de alívio imediato. Somos imagem e semelhança de Deus!

“A nível de”

Obs.: Para uma leitura sobre masturbação (e seus impactos em decisões ministeriais), indico o texto postado no blog de um amigo e companheiro Pr. Tiago Abdalla. Confira aqui.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O pecado cobra a conta...

[série baseada em Provérbios 1-9]

Não se engane, o pecado irá mentir para você. No caminho para crescer em sabedoria, Provérbios 5.1-6 desvenda o engano do pecado. A máscara do prazer prometido pelo pecado cai diante de sua verdadeira identidade. Somos exortados a viver atentos contra o engano, simplesmente porque seu maior perigo é que ele engana. Parece óbvio, mas esse é um conceito verdadeiro demais para deixarmos de pensar e meditar.

Provérbios 5.7-14 adiciona uma nova série de exortações contra o engano do pecado. O foco desse trecho é justamente suas conseqüências de médio e longo prazo. De uma certa forma, o engano é perigoso porque é recheado de promessas de curto prazo. São promessas de prazer que seduzem os desavisados da “conta” que o pecado irá cobrar. Uma das características do sábio é a habilidade de enxergar além da gratificação de curto prazo. O sábio ouve os alertas das conseqüências futuras para tomar decisões hoje.

“v. 7 Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras.” [Mais uma vez e sem medo de repetir, o texto de Provérbios chama nossa atenção. Salomão está prestes a introduzir mais um assunto de extrema importância. Essas são exortações de um pai que enxerga as conseqüências da imoralidade. Normalmente, o jovem inexperiente não vê essas conseqüências e está vulnerável ao engano. Por isso, ATENÇÃO! O sábio aprende a ler e ouvir esses sinais de alerta para evitar o caminho do mal.]

“v. 8 Fique longe dessa mulher; não se aproxime da porta de sua casa,” [O princípio do versículo 8 nos exorta a mudar uma pergunta que impacta o dia-a-dia. Ao invés de perguntar, “até onde eu posso ir sem pecar?”, o sábio deve viver a seguinte pergunta: “qual é a maior distância que consigo ficar do pecado?” Perceba que as duas perguntas refletem dois estilos de vida bem diferentes. A primeira pergunta reflete o tolo que brinca com os limites do pecado e do engano. É questão de tempo para que se encontre preso na armadilha do pecado, armagando o dia em que deixou de ouvir os conselhos da Sabedoria. A segunda pergunta reflete o sábio que anda o mais longe possível do engano. O sábio nem sequer “se aproxima da porta da casa do pecado.” “Existe mais sabedoria em nunca permitir ser testado que provar a força de sua fé brincando com a tentação.” – John Kitchen.]

“v. 9a para que você não entregue aos outros o seu vigor” [Os versículos 9 e 10 são exortações específicas das conseqüências do pecado. CONSEQÜÊNCIA 1: perda de força e vigor físico. Aqueles que flertam com a imoralidade seguem um caminho de ruína. A juventude é consumida pela imoralidade e o tolo se torna inútil no serviço cristão. Todos os seus esforços estão voltados a alimentar sua própria cobiça e tolice. O tolo vive uma vida governada pela imoralidade sexual, seus esforços para servir a Deus e a outros estão voltados para si mesmo. Ou ainda, o tolo vive o peso da culpa que fatalmente irá levá-lo a um estado de depressão espiritual. Confira Salmo 32.3-5.]

“v. 9b nem a sua vida a algum homem cruel,” [CONSEQÜÊNCIA 2: perda de anos e vida a viver. A vida aqui não é uma referência apenas à passagem cronológica do tempo. Essa é uma expansão do conceito apresentado na primeira metade do versículo. A vida representa tudo o que poderia acontecer se o tolo não estivesse preso na imoralidade sexual. As conseqüências de alguns minutos de imoralidade sexual são desproporcionalmente maiores que seu prazer temporário.]

“v. 10 para que estranhos não se fartem do seu trabalho e outros não se enriqueçam à custa do seu esforço.” [CONSEQÜÊNCIA 3: perda de bens materiais. As conseqüências do pecado se relacionam de tal forma que criam uma cadeia ainda mais fechada para o tolo. Pense um pouco... um filho fora do casamento e sua pensão, doenças sexualmente transmissíveis, extorsão por aqueles que descobriram o “caso”, gastos para esconder as pistas do pecado, despesas e gastos do divórcio, e tantas outras possibilidades que podem estar envolvidas no pecado sexual. Todas mostram que o pecado sexual adiciona um outro agravante: a perda de bens materiais.]

“v. 11 No final da vida você gemerá, com sua carne e seu corpo desgastados. v. 12 Você dirá: “Como odiei a disciplina! Como o meu coração rejeitou a repreensão! v. 13 Não ouvi os meus mestres nem escutei os que me ensinavam. v. 14 Cheguei à beira da ruína completa, à vista de toda a comunidade.” [A reação do tolo quando colher as conseqüências do pecado é o remorso. A dor das conseqüências irá acordá-lo para a triste realidade do pecado. Note bem, a questão não é se o tolo irá acordar ou não para a realidade, mas sim quando! Nesse contexto, a diferença entre o sábio e o tolo é a capacidade de enxergar a longo prazo e ver as armadilhas do engano. Para o tolo, é tarde demais. O prazer que era escondido trouxe ruína pública e o pecado está cobrando sua conta.]

Não se engane. O pecado irá cobrar a conta, seja sábio e enxergue além...

“A nível de”

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

a-nívelD Semana 11

Semana passada pegamos leve no blog. Com aula durante todo o dia e todos os dias, não paramos para escrever muita coisa nem continuar nossa série em Provérbios. Se Deus quiser, essa semana retomamos em Provérbios.

No entanto, essa semana vimos basicamente a importância e a relevância de vivermos em um aprisco de almas que funciona. A idéia foi nos apontar para a realidade que a dinâmica da igreja e seus relacionamentos produzem as condições ideais para nosso crescimento espiritual. Quando o corpo está bem ajustado, irmão ajuda irmão a viver a vida que todos aqueles que confessam a Jesus Cristo como Salvador devem viver. Jesus Cristo está edificando a Sua igreja e temos muito o que “ser” e “fazer” nela.

Abraço,

“A nível de”

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para não se enganar...

Para refletir:

“V. 12 Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. V. 13 Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado.” (Hebreus 2.12-13)

O que o aprisco das almas e o poder do engano tem a ver um com o outro?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Aprisco de almas e corpo ajustado

O que é a igreja? Quando você diz que faz parte de uma igreja, o que você está falando ou pensando? O que devemos fazer como parte da igreja? Ou em outras palavras, o que devemos esperar dela? Eu não pretendo responder essas perguntas com algum tipo de definição teológica do último livro que li. Tampouco pretendo revolucionar a doutrina histórica da igreja com algum pensamento dito inovador (ou melhor, marketeiro). Porém, quero abordar essas perguntas com uma definição descritiva da igreja. Eu gostaria de refletir com vocês o papel da igreja como comunidade de cristãos. Note bem, não estou simplesmente definindo a igreja como um “conjunto de crentes,” mas quero convidá-lo(a) a entender a dinâmica da igreja como um “aprisco de almas.” Portanto, para nossos propósitos nesse texto, pense na igreja como um “aprisco de almas”, onde todos são guiados pelo bom Pastor e buscando refúgio contra os lobos do pecado.

Descrevendo a unidade do corpo de Cristo, o apóstolo Paulo nos ensina um pouco mais sobre a dinâmica desse aprisco. Usando a figura do corpo e seus membros, o apóstolo Paulo nos ensina que dentro da comunidade de cristãos, o aprisco das almas, existem ovelhas com dons e talentos que têm o propósito de nos levar à maturidade (Efésios 4.11-16). Ou seja, são ovelhas ajudando ovelhas. Cada membro do corpo de Cristo tem um papel importante no ajuste do todo e de suas partes também. É justamente esse ajuste que nos guarda dos perigos que buscam atacar o “aprisco de almas.” Note bem, “O propósito [dos dons] é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.” (Efésios 4.14) Portanto, viver fora do aprisco é um perigo. Aliás, eu deveria enfatizar que viver fora do estilo de vida do aprisco é muito perigoso. Quando resolvemos viver de forma isolada, negamos o ajuste de outras pessoas em áreas que carecemos e somos negligentes para com nossas obrigações de ovelhas. Deixamos de amar e perdemos os benefícios do amor.

E qual deve ser a atitude de gente que vive no aprisco das almas? “v. 15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. V. 16 Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios 4.15, 16)

Isso é um corpo saudável. Isso é um aprisco de almas que funciona. Quando os membros da igreja estão engajados a desenvolver seus dons e usá-los, quando suas conversas e relacionamentos estão centrados na Palavra de Deus e quando estão incentivando um ao outro a crescerem em um relacionamento genuíno e vibrante com Cristo, o corpo cresce unido e maduro. Quando as ovelhas estão crescendo, o aprisco se torna mais bonito e forte. E Cristo é glorificado!

Agora, pare e pense um pouco nas implicações dessa dinâmica. Pare e reflita sobre como essas imagens nos ajudam a entender a dinâmica de relacionamentos no contexto da igreja. O que você deve fazer como parte dessa comunidade? Quando foi a última vez que você planejou uma conversa séria com algum irmão? Quando você se dispôs a caminhar com alguém que estava fraco e desencorajado? Você se lembra da última vez que ligou para alguém simplesmente para saber REALMENTE como ela está? Como você tem usado seus dons e talentos na tarefa de contruir a igreja como corpo maduro? Não pense que isso é tarefa do pastor vocacionado da sua igreja, essa é sua tarefa também! Você está ou não está no aprisco? Você é membro ou não é membro do corpo? Então, siga a verdade em amor. Espero que você seja peça atuante para mostrar a unidade de Cristo em sua igreja.

“A nível de”

a-nívelD Semana 10

Essa semana que passou, seguimos no estudo de Provérbios 1-9. Vimos que...

-Crescer é coisa para gente grande. O preço da maturidade envolve a disciplina pessoal para guardar o coração (Pv 4.23).

-o problema do engano é que engana. Nesse caso, o que parece óbvio é na verdade o mais importante na luta contra o engano. Precisamos constantemente a orientação da Palavra de Deus para lutar contra o engano, seus múltiplos disfarces e suas falsas promessas de prazer (Pv 5.1-6).

Essa semana, será um pouco conturbada em função de um módulo que teremos no seminário. Mas quem sabe não fazemos uma semana retratando o conteúdo das aulas, talvez isso seja interessante para alguns. Veremos... caso contrário, retornamos com Provérbios em breve.

Abraço,

“A nível de”

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Desvendando o engano...

[série baseada em Provérbios 1-9]

Veja se os seguintes relatos parecem familiares para você: “Nosso casamento sempre foi muito bem-sucedido, não consigo acreditar que meu marido esteve envolvido todos esses anos com pornografia.” “Fulano era tão fiel na igreja e não perdia um culto. Mas desde que começou a namorar com uma colega de trabalho, resolveu que não era mais cristão. Que tristeza! Ninguém entende o que aconteceu.” “Não acredito que fiz isso! Sempre fui contra esse tipo de coisa e agora estou aqui, carregando a culpa por ter feito justamente o que mais abomino.” “Ah... só de lembrar como ela era fiel no grupo de crianças me faz chorar. Não consigo entender como aquela menina tão aplicada na EBD se tranformou em cliente de carteirinha de todas as ‘baladas’ da cidade.” Algumas dessas situações parecem familiares para você? O que será que aconteceu em cada uma delas? Será que as pessoas tiraram da cartola que não vão mais viver para agradar a Cristo? Onde está o problema? A indignação de situações assim normalmente nos leva a pensar em suas causas. Será que foi um trauma de criança? Será que foi falta de hora silenciosa? Problemas de criação? Será que ele(a) está doente... distúrbio sexual, mental ou psicológico? Enfim, mais uma vez somos cofrontados (e confortados) com a sabedoria bíblica que nos ajuda a desvendar o engano do pecado.

Entre muitas outras coisas, a sabedoria de Provérbios nos ensina uma visão de longo prazo que nos ajuda na luta contra o engano do pecado. A instrução de Provérbios nos leva a enxergar além do prazer imediato e insensato do pecado, desvendando as conseqüências que estão escondidas atrás das armadilhas do engano e suas promessas de prazer. Provérbios 5 é um excelente começo para nos orientar na formação dessa capacidade. As pessoas acima podem ser ajudadas e recuperadas quando tiverem seus olhos abertos. Só assim passarão a enxergar o engano do prazer imediato e serão instruídas sobre as conseqüências de longo prazo do pecado. O conhecimento das conseqüências de longo prazo nos exorta para tomar decisões sábias no curto prazo.

“V. 1 Meu filho, dê atenção à minha sabedoria, incline os ouvidos para perceber o meu discernimento. V. 2 Assim você manterá o bom senso, e os seus lábios guardarão o conhecimento.” [Mais uma vez, ATENÇÃO. Interessante como Provérbios nos chama a atenção. Por natureza, somos desatentos e propensos à tolice. Por isso, Provérbios nos chama a atenção constantemente. “Meu filho, dê atenção... incline os ouvidos... assim, você manterá o bom senso...”]

“V. 3 Pois os lábios da mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite,” [Esse versículo tem uma profundidade maior (bem maior) que sua extensão dentro da página de sua Bíblia. Aqui, a mulher imoral com lábios de mel personifica o engano. Note, essa mulher não tem mau hálito, ela tem os lábios de mel. Ela representa tudo aquilo que é prazeiroso para você. Sua voz não é agressiva, mas ela é suave. Provavelmente, ela traz palavras doces, que cativam seu orgulho e contam as mentiras que você gosta de ouvir. Quando ela fala, escorrem promessas de que você será realmente feliz quando abraçar o prazer imediato do pecado. E não fique chocado não. Por definição, o engano é bonito. Aliás, esse é o problema do engano: ele engana. Então, alerta máximo para tudo o que promete prazer envolvendo a desobediência à Palavra de Deus. Isso é a mulher imoral buscando cativar seu coração e levando-o(a) para a sepultura.]

“V. 4 mas no final é amarga como fel, afiada como uma espada de dois gumes. V. 5 Os seus pés descem para a morte; os seus passos conduzem diretamente para a sepultura.” [Nesses dois versículos, Provérbios 5 começa a desvendar o engano do pecado mostrando justamente sua natureza fraudulenta. Os lábios de mel e a voz suave são desvendados. O final não é doce, mas é amargo. O caminho não leva à felicidade, mas conduz diretamente à sepultura. Acorde! A mulher imoral não pode cumprir a promessa que faz. E a razão é bem simples...]

“V. 6 Ela nem percebe que anda por caminhos tortuosos, e não enxerga a vereda da vida.” [A mulher imoral não pode cumprir suas promessas de prazer perpétuo porque ela também está enganada em seus caminhos. Não adianta mostrar o mel para a mulher imoral e dizer que é fel. Ela também não vai acreditar. Para ela, tudo é muito bom. Tolo é aquele que pede para um cego espiritual orientá-lo no seu caminho. Abra os olhos. O problema do engano é que ele engana.]

Ciente do poder de engano do pecado, como será que as situações acima seriam diferentes se o conhecimento de longo prazo das conseqüências fossem levadas em consideração? Será que aquele marido teria acessado o site pornográfico se soubesse que isso custaria seu casamento e anos de amargura? Será que o Fulano insistiria no almoço com a sedutora colega de trabalho se soubesse que isso custaria sua alma? Será que você iria fazer o que fez se soubesse que a culpa roubaria sua alegria? E ainda, será que a doce menina da EBD insistiria na vida de balada se soubesse que isso lhe traria uma gravidez fora do casamento ou até mesmo custaria sua boa saúde? Tenhamos cuidado. Onde será que estamos cegos? Qual o “mel” que estamos comendo? Será que estamos ouvindo a voz suave da mulher imoral? Que Deus nos ajude a escutar a Sua voz, interpretando a vida de acordo com a sabedoria divina. Assim, o mel mostra seu fel... e a voz suave mostra sua identidade de canto fúnebre. Sejamos sábios.

“A nível de”

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Crescer é coisa para gente grande

[série baseada em Provérbios 1-9]

O capítulo 4 de Provérbios repete temas já vistos em Provérbios 3 e nos capítulos anteriores. A própria repetição nos ajuda a entender onde devemos colocar nossos esforços para crescer em sabedoria. Porém, a partir do versículo 20, Salomão aborda alguns temas extremamente importantes para quem é sério nessa idéia de crescer. Deixa eu adiantar que crescer em sabedoria é para gente grande. Irônico, né?! Mas à luz da Bíblia, o maduro é justamente aquele que entendeu que precisa crescer. Portanto, temos que nos perguntar, “até que ponto estou disposto a me disciplinar para crescer?” Obviamente, a pergunta pode ser feita debaixo de outra perspectiva, “o que (ou quem) é o meu maior tesouro?”

“v. 20 Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. v. 21 Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, v. 22 pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser.” [Já falei que Provérbios faz uso da repetição, né?! O livro nos chama atenção, repete temas e coloca ênfases naquilo que não podemos deixar de viver. Nesses três versículos, Salomão parece enfatizar o seguinte, “Você entende que seguir o conselho divino é assunto sério, assunto de vida ou morte?” Sem exagero, é exatamente isso que Provérbios fala do começo ao fim. Uma vida de sabedoria não é marcada somente por boas decisões no campo ordinário. A vida sábia é marcada por decisões piedosas no campo extraordinário da vida também. O sábio reflete a verdadeira espiritualidade interna em suas decisões externas. Suas sábias decisões refletem o foco no que é mais importante e eterno. Da mesma forma, decisões insensatas são reflexo de uma espiritualidade deficiente e incapaz de enxergar conseqüências a longo prazo. Os tolos vivem para o prazer de hoje e agora, não para o gozo eterno do amanhã. Tanto sábios como os tolos traçam seus caminhos como resultados da condição de seus corações. Por isso...]

“v. 23 Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” [É aqui que somos lembrados que Provérbios não é mais uma lista de “podes” e “não podes”. Somos chamados a aplicar a sabedoria ao coração, seu centro de controle. Guardar o coração não é um conceito abstrato e perdido no tempo e espaço. Essa é uma tarefa de gente que quer crescer e que está séria em crescer na disciplina necessária para viver uma vida sábia. Os próximos versículos nos orientam em como fazer isso.]

“v. 24 Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.” [De forma simples, a qualidade de seu coração está intimamente ligada com a qualidade de sua língua. Tão simples como isso, esse conceito nos ajuda a entender que não existe verdadeira espiritualidade sem o uso correto da língua. Constantemente, somos lembrados disso em Provérbios e em tantas outras passagens da Palavra de Deus (Mateus 12.34, 35; Efésios 4.25-32; Tiago 1.26; 3.1-12). Sendo assim, a língua é a saída da alma. Guarde bem a saída de sua alma e fuja daqueles que desprezam esse tipo de instrução.]

“v. 25 Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você.” [O versículo 24 nos instrui a guardar a saída da alma, a língua. Aqui, Salomão parece nos exortar a guardar a entrada da alma. Guarde seus olhos. O sentido aqui não é tanto para o que você anda assistindo na Tevê, embora poderíamos trazer inúmeras aplicações nesse sentido também. Porém, a idéia desse versículo está mais relacionada com os objetivos e o rumo que estamos dando para nossas vidas. Para onde você está indo? Olhe para o objetivo final da vida do sábio: o céu. Os valores celestiais devem orientar nossa vida aqui e agora. Quando isso é verdade em sua vida, você vai estar menos propenso a perder tempo com aquilo que não tem valor eterno. Isso é uma atitude de gente grande.]

“v. 26 Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros.” [Pondere por onde você anda. Verifique se seus passos estão seguros. A caminhada aqui não é literal e o versículo não é uma exortação para você amarrar os sapatos. Estamos lidando com uma metáfora. A vida e suas decisões são como uma caminhada, certifique-se que você está dando passos orientados pela Palavra de Deus. Você perde tempo no que é fútil? Obviamente, isso não significa abandonar a escola e ou trabalho para viver nas montanhas. Mas para onde você orienta seus objetivos? O que está no centro de suas decisões? Qual é sua prioridade ao escolher um trabalho? Simplesmente quem pagar melhor tá levando?! Ou ainda, você que é solteiro(a), o que te atrai ao pensar na idéia de casamento? Valores eternos ou a cultura do BBB? Veja bem por onde anda...]

“v. 27 Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade.” [Certamente, esse versículo não tem qualquer idéia política. Novamente, o versículo carrega a metáfora da caminhada. Nem a direita nem a esquerda são o caminho correto. A segunda metade explica que ambos estão errados, tire seus pés da maldade. O sábio está focado em sua jornada para os céus, nenhuma distração dessa vida irá tirar o sábio da vontade de Deus, que é viver debaixo da obediência da Palavra de Deus. “O livro de Provérbios ensina o objetivo e o caminho. O objetivo é uma vida bem sucedida e o caminho é uma vida de sabedoria.” – Robert L. Alden]

Diante disso, vemos que a vida de sabedoria exige disciplina pessoal. Existe uma diferença entre querer crescer e de fato crescer. Os imaturos vivem desejando crescer. São crianças que apenas sonham sobre o que querem ser quando crescer: “um dia eu quero ser fiel”; mas não estão dispostos a sacrificar amizades da maldade para guardar a saída da alma. São crianças e fazem birra quando sonhos terrenos não são realizados. Vivem como se soubessem mais que o “Dono” do Caminho da Sabedoria. Por outro lado, os sábios são aqueles que entenderam seu estado de necessidade por instrução. Os sábios são aqueles que crescem na disciplina necessária para viver no caminho da sabedoria. São aqueles que fazem os sacrifícios nessários para adquirir sabedoria, mesmo que isso custe a “felicidade” do mundo. E, quando estes se tornam sábios, não se orgulham disso. Eles dão glória Àquele que é a personificação da sabedoria, Jesus Cristo. Ele é a nossa fonte inesgotável de uma vida santa e sábia. Vamos crescer em sabedoria e santidade. Para a honra e glória dEle.

“A nível de”

a-nívelD Semana 9

Essa semana no blog, retomamos o estudo de Provérbios, capítulos 1 a 9. Mais precisamente, estudamos os capítulos 2 e 3.

-O temor do Senhor em ação (Partes 1 e 2). O que o temor do Senhor opera na vida do sábio é de valor inestimável. De uma certa forma, a sabedoria que o temor do Senhor traz guardará o sábio das conseqüências horripilantes de decisões insensatas (Provérbios 2.11-19).

-As bênçãos do temor do Senhor. Temer ao Senhor traz bênçãos reais. Existe um relacionamento de causa e efeito no mundo em que vivemos que foi criado por Deus. Essas bênçãos são resultados gerais e comuns para aqueles que vivem no caminho de integridade (Provérbios 2.20-22).

-Você, dinheiro, fama e Provérbios 3. A Palavra de Deus fala sobre fama e dinheiro. Não como o mundo trata o assunto, mas a Bíblia mostra que a vida de sabedoria traz o bom nome para o sábio e uma vida de prosperidade dentro do relacionamento de causa e efeito criado por Deus (Provérbios 3.1-4)

-Sério, você confia mesmo? “Tem que confiar em Deus” está virando chiché evangélico. Provérbios 3.5, 6 nos desafia a viver uma vida de confiança irrestrita, sem áreas controladas e manipuladas por nós. Pense nisso: confiança irrestrita!

-Se Ele ouve, por que você não ora? (Salmo 120.1) Esse não é um post que faz parte da série em Provérbios. A idéia foi lançar algumas reflexões sobre nossa luta diária em manter uma vida de oração. Mais sobre o assunto pela frente.

E agora seguimos para mais uma semana, se Deus quiser. Buscando compreender a vida “a nível de” cristianismo.

“A nível de”

domingo, 10 de janeiro de 2010

Se Ele ouve, por que você não ora?

Por diversas razões, tenho pensado bastante na oração ultimamente. A Palavra de Deus fala muito sobre uma das práticas mais importantes de nossa comunhão com Deus, mas que ainda é tão esquecida ou mal compreendida pela maioria (eu me incluo nesse grupo). Passagens da Palavra de Deus ensinam a orar, descrevem homens de oração em suas batalhas de fé e os Evangelhos não se calam para falar da vida de oração de Jesus, nosso Mestre. Mas por que ainda lutamos tanto em orar? Por que ainda é tão anormal viver a doce comunhão da intimidade com Deus? Por que não vivemos marcados pela oração e pela meditação na Palavra? Onde estão os “George Mullers” de hoje? Acho que a resposta teológica mais breve e genérica para essas perguntas é que nossa carne tende naturalmente a não gostar de Deus. É triste e chocante, mas é verdade. Fomos criados para estar com Deus, mas o pecado transformou radicalmente o projeto divino original. Como conseqüência, passamos a amar o pecado e a inércia espiritual.

Graças a Deus, fomos transformados por Cristo. Seu amor nos alcançou, tirou nosso coração de pedra e nos deu vida. Porém, a luta continua companheiro! Nossa carne ainda está habituada ao pecado. Somos livres do poder da escravidão do pecado, mas ainda estamos habituados a fazer aquilo que mais devemos repudiar (Rm 5-8). Ah... esse conflito entre “o que deve ser” e “o que é” gera no cristão um anseio pelo que nos aguarda nos céus. Até lá, devemos ser gratos a Deus pelas lições que Ele nos ensina nessa jornada.

Uma dessas lições é que Deus ouve e responde orações. Simples e profunda, essa realidade deve transformar nossas orações (ou falta de). Pare e pense nisso. “Eu clamo pelo Senhor na minha angústia, ele me responde” (Salmo 120.1). O salmista ora em sua angústia porque Ele crê que Deus ouve e responde. Então, uma das razões pelas quais oramos é porque sabemos que Deus responde nossas orações. Agora, se confessamos que Ele responde orações, por que não oramos? Alguém uma vez disse que você só acredita nas passagens bíblicas que vive; e eu concordo. Sendo assim, talvez não oramos como deveíamos porque não cremos o tanto quanto dizemos. Isso beira um estado de “ateísmo prático”, em direto conflito com as confissões de nossos lábios. Em outras palavras, existe um abismo entre nossas palavras e nossas práticas que precisa ser tapado pelo arrependimento. Na prática, devemos confessar nossa falta de prazer em estar com Deus (1 Jo 1.9) e começar a buscar a Deus juntamente com o salmista do Salmo 63, “a minha alma tem sede de ti.

Não se esqueça, somos livres do poder do pecado, mas ainda habituados na prática do pecado. Lembre-se, vivemos um processo de santificação progressiva. Espero que isso nos conforte em meio à angústia de não viver o que deveríamos. E que isso também nos exorte contra a inércia espiritual, dizendo que cremos na oração e não oramos. Agora, vá orar porque Deus ouve e responde!

“A nível de”

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sério, você confia mesmo?!

[série baseado em Provérbios 1-9]

Provérbios 3.1-4 chamou a atenção por lidar com temas comumente mal tratados pelos Evangélicos em geral. Fama e prosperidade são redefinidos no capítulo 3. De uma forma geral, a fama não é a loucura vazia do mundo, mas é o bom nome diante dos homens e de Deus. A prosperidade não é a ilusão do ganho fácil, mas é fruto seguro nas mãos do sábio diligente em seu trabalho. E acima de tudo isso, o sábio é aquele que não anda atrás do bom nome ou dos “celeiros cheios” como fins em si mesmos, mas é aquele que entendeu a importância da confiança no Senhor, dono de todas as coisas:

“v. 5 Confie no SENHOR de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; v. 6 reconheça o SENHOR em todos os seus caminhos,e ele endireitará  as suas veredas.” [“Ah tá! O lance de confiar em Deus.” Cuidado, não faça disso mais um cliché evangélico de cada dia. Fico preocupado quando vivemos acomodados com o Evangelho e os conselhos de Deus. Nesse ponto, nosso vocabulário “evangeliquez” esquece do real significado de tudo o que deveria marcar nossa peregrinação na Terra. Pense nisso, “de todo o seu coração”. Todo o seu centro de controle é voltado para o que Deus diz sobre TUDO nessa vida. Mas o que acontece na prática, é que confiamos na sabedoria de Deus em tudo o que não fazemos questão nessa vida. Porém, áreas que guardamos como tesouros são justamente aquelas que não abrimos mão para deixar Deus reinar e mandar. O resultado é caótico. O chamado de Deus é para todas as áreas. Enquanto o mundo diz que “todo homem tem seu preço”, a Bíblia diz que o preço já foi pago. Fomos comprados e agora vivemos para nosso Mestre, Jesus Cristo – em todas as áreas da vida (1 Co 6.20; 7.23). Agora, pense em como confiar em Deus de todo o seu coração e reconhecê-lO em todos os seus caminhos endireitaria suas decisões quando... “Ah, mas eu ganho tão pouco que eu tenho certeza que Deus irá entender se eu superfaturar o reembolso de despesas da empresa.” “Essa semana foi corrida, muita coisa na igreja, então uma ‘ajudinha’ para essa prova é totalmente compreensível.” “Todas as minhas amigas estão casadas, hora de dar uma forcinha para Deus e casar com esse camarada do trabalho, ele não é cristão, mas é gente boa e realmente gosta de mim.” “Eu sei que tenho que honrar meus pais, mas é que você não conhece os pais que eu tenho.  Com certeza, situações assim tomariam outro rumo quando a confiança na sabedoria de Deus é aplicada em TODOS os seus caminhos.]

v. 7 Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao SENHOR e evite o mal. v. 8 Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos.” [Confiar em si mesmo e em suas manipulações para fazer a sua vontade aqui na Terra como no seu próprio coração é TOLICE, INSENSATEZ e LOUCURA. Tema ao Senhor e evite o mal! As conseqüências de decisões tolas serão sentidas em todos os aspectos de sua vida, tanto fisicamente como espiritualmente. Em contrapartida, as bênçãos da obediência são experimentadas com paz de espírito e até mesmo vigor físico. Veja como Davi sofreu em todos os aspectos por causa de uma decisão insensata, Salmo 32.]

“v. 9 Honre o SENHOR com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; v. 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios,e os seus barris transbordarão de vinho.” [Está aí, invista no Reino e prepare-se para colher as bênçãos de Deus. E não se preocupe, não vou passar a sacolinha e nem começar um programa de TV. Mas a Bíblia é clara sobre a importância do investimento no Reino de Deus. Quando lemos esse versículo sob a ótica de que tudo o que temos (e somos) foi dado (e criado) por Deus, somos convencidos de que não existe nada mais normal que investir de forma sábia os recursos que Ele confiou a nós. E, ainda por cima, Deus está pronto em abençoar aqueles que se mostram fiéis. Com as bênçãos dos recursos materiais vêm também a responsabilidade de usá-los com sabedoria para a glória de Deus. Isso é bem diferente que a lógica mesquinha de dar tudo o que temos para Deus esperando em troca o dobro para nós mesmos.]

Enfim, confie em Deus. Baseado no que a Bíblia ensina sobre santificação progressiva, pecado, nosso coração e a santidade de Deus, você certamente está passando por um momento em que alguma área de sua vida precisa do reconhecimento de Deus. “Onde está Deus diante da situação __________ ?” “O que Sua Palavra diz sobre __________ ?” Reconheça e confie, Ele irá endireitar seus passos. E quando tudo parecer perdido, lembre-se o que é confiar. Veja a situação como Deus vê, não como a sua Tevê!

“A nível de”

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Você, dinheiro, fama e Provérbios 3

[série baseada no livro de Provérbios 1-9]

Você já parou para pensar nas perguntas que ouvimos ao nosso redor: “Quem quer dinheiroooooo?” “Quem quer ser o próximo BBB?” “Quem está na final de ‘Ídolos’?” E tantas outras perguntas que refletem a obsessão dos nossos dias por dinheiro e fama. E qual a resposta dos “crentes”? Basicamente, são duas. Alguns resolveram dar e viver exatamente o que o povo quer. São programas de televisão que jogam um linguajar de “crente”, colocam um pouco mais de roupa nos apresentadores e é suficiente para dar ao povo o que eles querem sem perder a “bênção” de Deus. Por outro lado, tem aqueles que negam que a Bíblia tem qualquer coisa positiva para dizer sobre dinheiro e fama. Ambos os extremos são desnecessários quando entendemos que a Bíblia trata dos dois assuntos. Provérbios 3 é uma das passagens bíblicas que lidam com esses dois tópicos. O texto continua descrevendo os conselhos da Sabedoria e não só redefine prosperidade e fama, mas também nos instrui de como usufruir de ambas. Os versículos desse capítulo misturam instruções para nossa obediência, as verdadeiras bênçãos de um andar em integridade e a capacidade da sabedoria em cumprir o que promete dar. Veja lá:

“V. 1 Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos,” [Deixa eu te fazer uma pergunta? O que o seu pastor pregou no último domingo e o que você aprendeu? Hmmm... e 1 mês atrás, o que você aprendeu? 2 meses?... 1 ano atrás? Bom, talvez nem o pastor lembre. Mas o ponto que quero fazer é que temos a incrível capacidade de esquecer dos mandamentos do Senhor. Por isso, somos freqüentemente exortados no livro de Provérbios a não esquecer da lei do Senhor. Guarde sempre os mandamentos do Senhor no seu coração. Hoje você anda na sabedoria, mas o que garante sua fidelidade no amanhã é a perseverança na Palavra de Deus. Note, “Se você parar de ouvir a instrução, meu filho, irá afastar-se das palavras que dão conhecimento” – Provérbios 19.27. Então, parou de ouvir, parou de crescer e, infelizmente, começou o retrocesso espiritual. Não se esqueça... não se esqueça... e, não se esqueça da lei do Senhor. Não há limites para conhecer mais de Deus e de Sua Palavra.]

“V. 2 pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.” [Sim, os mandamentos de Deus lhe darão longevidade, prosperidade e paz. Outra obsessão dos nossos dias: vida longa. Está aí. Guarde a Palavra de Deus. Provérbios trata a sabedoria como a habilidade de viver o mundo de Deus de acordo com a ordem de Deus. Se você está vivendo uma vida sábia, a probabilidade de experimentar resultados caóticos de decisões tolas é bem pequena. Mais uma vez, NÃO SE ESQUEÇA que Provérbios NÃO É O ÚNICO LIVRO DE SABEDORIA. Em Sua soberana sabedoria, Deus pode ministrar dor e sofrimento na vida do sábio (veja o exemplo de Jó). Deus está sempre pronto para sacrificar nossa felicidade terrena e temporária para produzir em nós alegria eterna. O que estamos lidando aqui está relacionado com as regras gerais de como o mundo funciona. Então, a sabedoria irá livrá-lo(a) de uma vida encurtada por doenças físicas por causa de um estilo de vida pecaminoso, de conflitos referentes a relacionamentos quebrados pelo adultério, da pobreza que acompanha a bebedice, etc.]

“V. 3 Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os ao redor do seu pescoço.” [Mais uma vez, Salomão enfatiza a importância de guardar os mandamentos de Deus e Suas virtudes no coração.]

“V. 4 Então você terá o favor de Deus e dos homens, e boa reputação.” [Fama com papparazis e com toda a pompa da vaidade? Não! O que temos aqui é melhor. Estamos falando do bom nome que Deus constrói na vida dos sábios, confirmando que Ele se agrada daqueles que andam em integridade. Essa é a bênção de ter um bom nome na praça e desfrutar de bons relacionamentos. O bom nome é construído por Deus.]

Agora, pense... que tipo de prosperidade você busca? E como tem buscado? Fama para quem? Você é conhecido por sua sabedoria ou pelos programas de televisão que assiste? “Provérbios 3 e você, tudo a vê!”

“A nível de”

[Se Deus quiser, amanhã veremos algumas intruções de como desfrutar desse bom nome e da prosperidade que Provérbios menciona.]

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As bênçãos do temor do Senhor

[série baseada no livro de Provérbios 1-9]

Dentro do capítulo 2 de Provérbios, vemos uma atitude de busca incessante, dependência completa e obediência à Palavra de Deus que irão render ao sábio o temor do Senhor, o princípio da sabedoria (Pv 1.7). A sabedoria reservada pelo próprio Senhor é quem irá livrá-lo(a) do homem perverso e da mulher imoral. Em outras palavras, o temor do Senhor nos motiva a uma vida de santidade marcada por decisões dentro do caminho de integridade. Mas existe mais. Quais são as bênçãos do temor do Senhor? Como que os sábios são abençoados por andarem nos caminhos do temor do Senhor? E qual o resultado dos perversos? É o que Provérbios 2.20-22 nos ensina:

“20. A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de bem e a manter-se nas veredas dos justos.” [Gosto demais disso: “a sabedoria o fará...” De forma alguma, isso é sinônimo de uma atitude passiva, inerte ou indiferente para com a sabedoria. Mas é o resultado de quem vive a intensidade dos versículos 1 a 4. A dependência no Senhor irá resultar na sabedoria que o guiará nos caminhos da integridade. Talvez esse conceito fique mais claro quando pensarmos nas implicações de Provérbios 5.21, “O Senhor vê os caminhos do homem e examina todos os seus passos.” Pare e pense um pouco, você crê mesmo nessa história de Deus onisciente? Onipresente? E como isso impacta sua vida quando sozinho(a)? Você acredita na mentira de que “ninguém está vendo”? Pois é, o temor do Senhor é o princípio da vida de sabedoria. Quando tememos genuinamente ao Senhor, nossas decisões são influenciadas pela realidade de Sua presença constante, examinando nossas decisões e corações. Nada escapa aos olhos do Senhor. O problema é que tememos a opinião de homens mais que a avaliação justa do Senhor. Quando isso acontece, somos pessoas diferentes na presença/ausência de pessoas. O resultado é uma vida inconstante, que falta a integridade que marca a santidade e a sabedoria dos filhos de Deus. Por isso que a expressão “a sabedoria o fará” não serve como desculpa para sua tolice. Puxa, pesado, né?! Na verdade, essa é uma bendita realidade que nos motiva a uma dependência maior. Nos leva a uma busca incessante de nossa fonte de sabedoria, Deus.]

“21. Pois os justos habitarão a terra, e os íntegros nela permanecerão. 22. mas os ímpios serão eliminados da terra, e dela os infiéis serão arrancados.” [Para entender corretamente esses versículos, temos que lembrar de seu autor humano e seu contexto teológico. Salomão escreve dentro da comunidade de Israel, debaixo de alianças condicionais do tipo obediência/bênção e desobediência/maldição. Era um contexto onde a terra representava a bênção do Senhor sobre Seu povo. Aqueles que desobedeciam eram removidos da bênção da terra e ingressavam numa peregrinação maldita, excluídos de uma comunidade onde quase tudo girava em torno da terra e seu cultivo. O princípio se aplica hoje na medida em que a ordem natural de causa e efeito ainda está em vigor. Obediência aos princípios divinos leva a uma vida abençoada de acordo com a Palavra. Agora, PRESTE MUITA ATENÇÃO, Provérbios não é o único livro de sabedoria. O contexto geral do livro lida com a sabedoria para livrá-lo(a) da calamidade e do caos de decisões insensatas pessoais. O livro não lida com a calamidade e o caos projetados pela provação divina soberana. Por isso que nossa Bíblia tem outros livros como Jó e Eclesiastes. Esses dois nos dão uma idéia mais abrangente do temor do Senhor e a sabedoria divina. “Acidentes” de percurso acontecem na vida do sábio também. Desprezar essa realidade é viver algo parecido com a ‘Teologia da Prosperidade’ ou os conselhos dos amigos de Jó. Entender isso é a chave para entrar no mundo dos salmistas que clamavam por justiça em um mundo cheio de injustiças. Veja o Salmo 10 por exemplo.]

Bom, aqui encerramos o capítulo 2 de Provérbios. Espero que tenha sido o início para crescermos juntos na compreensão da riqueza do temor do Senhor. Que Deus nos ajude a vivermos os versículos 1 a 4, entendermos o temor do Senhor como descrito nos versículos 5 a 11, experimentarmos os livramentos dos versículos 12 a 19 e as bênçãos dos versículos 20 e 21. Longe de nós sermos gente do versículo 22. É possível viver uma vida de sabedoria... e comece a pensar nAquele que viveu essa vida de forma perfeita e encarnou a sabedoria em nosso favor, Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

“A nível de”

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O temor do Senhor em ação (Parte 2)

[série baseada no livro de Provérbios 1-9]

Provérbios 2.5 descreve a ação do temor do Senhor em termos do nosso relacionamento com Deus. Provérbios 2.9 descreve a ação do temor do Senhor nos termos éticos da sabedoria: “então você entenderá o que é justo, direito e certo, e aprenderá os caminhos do bem.”

De uma certa forma, uma comparação entre os versículos 5-8 e 9-11 mostra o relacionamento íntimo entre a sabedoria e o temor do Senhor. Quando procuramos a Deus, encontramos a verdadeira sabedoria. Quando buscamos a sabedoria, encontramos a Deus. O ciclo acontece porque Deus é a fonte da verdadeira sabedoria. Não tem como crescermos em sabedoria sem um relacionamento genuíno e íntimo com o Criador. Nele está a sabedoria (Jó 12.13). Portanto, a vida sábia é uma vida santa, onde o prazer da sabedoria é descoberto na habitação da presença do Senhor (Sl 16.11).

E agora, o capítulo 2 aponta duas áreas que o temor do Senhor irá nos proteger. Quando bem entendidas e aplicadas, vemos que o temor do Senhor nos livra de todo o mal. Aliás, odiar o mal faz parte do temor do Senhor (Pv 8.13):

a) a sabedoria o livrará do homem mau (Pv 2.12-15). Más companhias, língua mentirosa, gente traiçoeira, influência perversa, etc... a sabedoria de Deus irá livrá-lo(a) de gente assim. São pessoas que decidiram pelo caminho da dor e da destruição. Veja o versículos 13 para uma descrição precisa desse tipo de gente: “que abandonam as veredas retas para andarem por caminhos de trevas.” São pessoas que têm o prazer em fazer o mal, que escolheram o caminho errado porque confiam em sua própria “sabedoria”, ao invés de obedecer a Palavra de Deus. Uma atitude diligente em buscar mais de Deus irá levá-lo(a) a entender o temor do Senhor. A ação do temor irá livrá-lo(a) do homem mau e seus caminhos perversos.

b) a sabedoria o livrará da mulher imoral (Pv 2.16-19). Os versículos não se aplicam somente ao público masculino, mas também às mulheres (nesse caso, “a sabedoria a livrará do homem imoral”). A imoralidade é personificada em uma mulher de lábios mentirosos. Uma mulher que engana com suas palavras, seduzindo o tolo para o caminho da destruição. O que muita gente não entende é que o problema do engano é que ele engana. O que parece óbvio é na realidade o alerta mais importante sobre o engano. Se não enganasse, não seria perigoso. Mas o problema é que quem é enganado não está ciente disso. É a história do sapinho dentro da chaleira em cima do fogo. No começo, o animal de sangue frio não percebe o perigo, pois a água está fria e ele também. Aos poucos, a temperatura da água vai subindo e o sapo não percebe, mas seu sangue acompanha a temperatura. Até que é tarde demais. O sapo morre e nem sabe do quê. O engano do pecado é assim. O tolo não enxerga o perigo, não existe o alerta do temor do Senhor e tudo segue aparentemente bem. “Ninguém vai saber.” Isso é loucura! A sabedoria abre nossos olhos para enxergar as conseqüências a longo prazo do pecado. Então, vemos que o prazer temporário do pecado não anula as destruidoras conseqüências do pecado. “A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa, e os seus caminhos levam às sombras. Os que a procuram jamais voltarão, nem tornarão a encontrar as veredas da vida.” (Provérbios 2.18, 19)

É minha convicção pessoal (e acredito que bíblica) que quando conhecemos mais de Deus e cultivamos um relacionamento genuíno com Ele, passamos a amar o que Ele ama e a odiar o que Ele odeia. Veja a intensidade do ódio ao pecado que Davi manifesta no Salmo 101. Como o exemplo de Davi, busque a Deus em seus pensamentos, faça dEle o seu maior tesouro, direcione seu desejo para a Sua perfeita vontade, cultive suas afeições para o que Deus ama e seu ódio para aquilo que Deus odeia. Enfim, tema a Deus e seja sábio.

“A nível de”

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O temor do Senhor em ação

[série baseada no livro de Provérbios 1-9]

As atitudes descritas em Provérbios 2.1-4 trazem resultados práticos e intimamente ligados com a ação do temor do Senhor. Já vimos no post anterior que o temor do Senhor é um conhecimento de grande impacto na vida de quem o adquire. O versículo 5 resume os resultados da atitude dos versículos 1 a 4 em: (a) o entendimento do temor do Senhor e (b) o encontro do conhecimento de Deus; “então você entenderá o que é temer o Senhor e achará o conhecimento de Deus.” Ou seja:

a) O temor do Senhor é fruto do entendimento de quem somos diante de quem Deus é, resultando em uma postura prática adequada. Possuir o temor do Senhor é abraçar a realidade dos fatos. Deus é o Criador do mundo que vivemos e da ordem de tudo [“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas.” – Salmo 24.1, 2]. Ele sabe como tudo funciona e temê-lO e reconhecê-lO é abraçar a realidade como ela é. Em resumo, quando você cresce nas atitudes descritas nos versículos 1 a 4, você entenderá a verdadeira realidade dos fatos.

b) O conhecimento de Deus faz referência a um relacionamento pessoal com o Criador. Não se trata de um conhecimento “acadêmico” e frio. Trata-se de um conhecimento que é fruto de um relacionamento vibrante e intímo com Deus, o objetivo final do plano divino para a humanidade. Um dia a Terra se encherá do conhecimento divino (Habacuque 2.14; Isaías 11.9).

Até aqui, notamos que o “agente” de cada uma das atitudes é VOCÊ. Sua parte no processo de ganhar sabedoria é aceitar a Palavra de Deus, guardá-la no coração (Pv 2.1), dar ouvidos à sabedoria, inclinar o coração para o discernimento (Pv 2.2), clamar por entendimento e discernimento (Pv 2.3), procurar a sabedoria e buscá-la como tesouro (Pv 2.4). Então, você entenderá o temor do Senhor e achará o conhecimento de Deus (Pv 2.5). Porém, a partir de agora, o “agente” sofre uma mudança brusca. VOCÊ deixa de ser o agente para dar lugar a DEUS! Note os versículos 6 a 8:

6. “Pois o SENHOR é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento.” [Você deve buscar a sabedoria, mas quem dá a sabedoria é Deus. Se é o Senhor quem dá, Ele assim o faz por causa de Sua graça. A sabedoria que tanto buscamos é um presente da graça divina. Veja bem, nossa diligência é pré-requisito, mas por si só não é eficiente sem a graça divina. Deixa eu dar um exemplo para tentar explicar esse importante conceito. Imagine que alguém está se afogando. Em desespero, grita por socorro. Todas as suas forças estão voltadas para chamar a atenção do salva-vidas. Depois de alguns berros, o salva-vidas escuta o pedido de socorro, mergulha na água e salva o indivíduo. Alguns minutos para recuperar o fôlego e o indivídulo solta a seguinte declaração, “Puxa, eu grito muito bem mesmo. Eu grito tão bem que até me salvei de ser afogado por causa do meu grito.” O que você acha? Loucura, ingratidão ou sem-noção?! Ninguém é salvo do afogamento porque gritou pedindo socorro, mas porque o salva-vidas chegou a tempo. Porém, quem não grita não é escutado pelo salva-vidas. Assim é com a sabedoria, nosso trabalho é clamar, buscar, guardar Sua Palavra, etc. Mas é Deus quem dá a sabedoria. A sabedoria não é uma questão de descobrimento, mas está baseada na revelação divina em Sua Palavra.]

7. “Ele reserva a sensatez para o justo; como um escudo protege quem anda com integridade,” [Graças a Deus, a sabedoria que tanto precisamos está reservada para aqueles que vivem as atitudes dos versículos 1 a 4. E, uma vez adquirida, a sabedoria é um escudo para livrar o sábio dos perigos dessa vida. A sabedoria livra aqueles que “andam” em integridade, ou seja, aqueles que fazem da integridade um estilo de vida.]

8. “pois guarda a vereda do justo e protege o caminho de seus fiéis.” [Mesma idéia aqui. A sabedoria de Deus é como uma estrada vigiada. Quando andamos nela, contamos com o refúgio divino e auxílio em meio aos problemas. Existe segurança na obediência e devoção a Deus. No entanto, escolher uma estrada alternativa é decidir pela tolice. Não existe segurança na tolice e na independência.]

Agora pense nos caminhos que tem escolhido. Você tem investido tempo em desenvolver a atitude dos versículos 1 a 4? Lembre-se, são somente nesses versículos que você é o agente. Deus dá sabedoria para aqueles que fazem dessas atitudes um estilo de vida.

“A nível de”

a-nívelD Semanas 6, 7 e 8

Nas últimas duas semanas, o blog ficou completamente parado. Esse não era o plano original para esse período de tempo, mas em função de projetos acadêmicos que simplesmente precisavam acabar ainda no ano de 2009, ficamos um pouco “fora do ar.” Portanto, um atrasado “feliz Natal” e um abençoado Ano de 2010 para todos.

Se Deus assim permitir, retomamos a série baseada em Provérbios capítulos 1 a 9. Mande seus comentários, perguntas e sugestões de temas. Sempre que possível, seguiremos interagindo com seus comentários. Estamos nessa juntos, crescendo e buscando mais dAquele que já nos resgatou.

Um grande abraço,

Sacha... do “a nível de”